domingo, 2 de agosto de 2009

Criar;

Nós só percebemos o tamanho,quantidade e peso daquilo que vivemos quando nos permitimos ver o diferenciado.
É,vivenciar um novo sempre nos faz reparar naquilo que erramos no viver de ontem,nas escolhas antes avaliadas como certas, nas vitorias que diziamos ser explêndidas.
Nossa vida só se torna limitada quando exploramos somente certo pedaço de nosso caminho. Qual a extensão do seu? Nossa vida é um espelho,Dodecaedro de espelhos,e neles refletimos, e o nosso reflexo brilha por onde passamos. Se você imaginar um curto caminho,ter a sensação de que essa trilha que você percorre jamais pode se modificar pelos laços ou lembranças,você vai pra sempre refletir uma frustração de não poder contar uma historia linda de vida. Com idas e vindas,acertos e erros,evolução e renovação.
Sua historia já vai ter como titulo “círculos”,pra que viver num caminho já andado? Tropeçar na mesma pedra? Cair no mesmo abismo? Previsível demais,pra você e a todos que te escutarem é por isso que você quer ser lembrado? Então esse é o seu incrivel legado?.
Chance,se dar uma chance essa é a chave pra qualquer mal que te atormenta.
Sentir o novo te tocar,o aroma de outras arvores que você pode plantar pelo seu diferente e longo caminho.É uma chance que você dá pro seu próprio infinito particular.
Somos nós quem fazemos nossas curvas,entradas e saídas na maior parte do tempo e as que aparecem de surpresa são bem-vindas também pois em toda nossa construção anterior adquirimos ferramentas sentimentais necessárias para enfrentá-las.
Sem essa circulação, passos e exploração de outros lugares vão te fazer pequeno,sem esperança,sem memória e isso vai te deixar parado no tempo.
E o tempo,nós não podemos mudar ele é mais livre que até mesmo o vento, a mudança tem que ser no seu caminho e o resto é só reflexo.
Queira refletir sempre o melhor e não o bom,o largo de possibilidades,o estreito da trizteza, a imensidão da alegria e a extensão de CRIAR. Crias suas inumeras calçadas,ruas,curvas,aventuras. Pra enfim poder entender todo sentido de uma vida,e nesse caso é a sua e pra isso é preciso vivê-la.

"E nada vai desmerecer tudo que ainda somos.Toda certeza que supomos.Mas a vida lá fora tá chamando agora. E não demora!"

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Luping do tempo;

Já não sei explicar o que sinto ou deixo de sentir;
Hoje eu vi que sobraram algumas coisas suas no meu armário, uns pares de meia, uma ultima camiseta que usou quando dormiu comigo e que com esforço ainda guarda o seu cheiro. As cartas que ficavam na carteira em um dia um tanto quanto especial, as queimei e junto jurei que ali você também viraria cinzas em mim. Tantos sonhos morrem com pouca palavras...é cruel e difícil aceitar que acabou. Não digo o fato do termino em sim, mais acabou o mais bonito: os sonhos. O sonho de achar que seria pra sempre, o sonho de jurar amor eterno mesmo quando o coração estivesse ocupado com outras pessoas, sonho marcado na pele de pra sempre nos guardaríamos.
O fim é bem mais frio e triste quando a esperança se esgota e a visão se torna lúcida demais a tal ponto de estarmos conscientes de que está acabado. A dor do esquecimento dói mais que a dor de perda. Ser esquecido, passa a ser o ultimo plano daquele domingo mais tediosos de todos, não ser o motivo principal de uma risada ou suspiro, é dói muito mais. Por outro lado se existe uma validade certa de tempo na permanência de alguém em sua vida deve haver também uma validade certa para a falta da presença dela também. Pra falar a verdade, ainda não sei porque escrevo sobre isso ainda. Não é por amor pois se fosse escreveria com o coração emocionado e estaria afável demais, escrevo de um modo diferente. Eu sinto como se o laço já estivesse desfeito mas que ainda existisse uma parte minha no tecido já surrado de tantos nós,cortes e costuras.
Por um lado é vaidade minha escrever sobre nós, percebi que o universo ao meu redor mudou e eu só alcancei metade daquilo que foi liberado sobre a minha vida. E eu me pergunto o porque disso e por impulso ainda digo que é por você. Pelas lembranças. Por nós, nós que já não existe mais, nem mesmo nos meus sonhos e isso me deprime. Mas isso é uma resposta baseadas em pensamentos fracos e de pouca permanência. E confirmo nos próximos segundos que não é pela saudade, ou pelo amor que tivemos que eu não me permito até porque não tenho mais 15 anos onde tudo era possível. Eu não agarro por completo o novo por mim. E reparo que já não é mais isso e é só um jogo que eu tenho praticado o tempo todo e o chamo de “Luping do tempo” e sim , são com lagrimas em meus olhos que encerro essa brincadeira. Chega de pegar a mesma fila, de viver os mesmos dias e épocas antes escolhidos para serem eternizados em mim e minha memória. Não quero mais optar pelo leque de opções antigos que já foi me oferecido mil vezes e as mil vezes o escolhi como governo em minha historia e mais do que isso não reviver o passado na expectativa de que enxergaria detalhes antes não vistos ou um gosto mais doce do que a mordida já dada outrora.
Não bastou estar consumado e nem bastaria enquanto eu não parasse de comprar o ingresso para essa montanha russa. E após algumas horas de extrema lucidez e loucura, entre o si e o não eu determino encerrado e posto em seu devido lugar qualquer emoção ou sensação já vivida nesses últimos 3 anos da minha vida.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Se desintegrar;

É difícil mas é preciso.
Confundimos muito o tempo quando se trata da nossa viagem cronológica e isso é um fato afinal de contas fazemos o que queremos com as nossas lembranças,sonhos e situações ainda mais quando temos a ilusão de poder montar e desmontar as coisas.
Qual quebra-cabeça você tem montado?
Quais partes encaixam na sua atual figura?
O que é preciso jogar fora?
É doloroso,mas por mais que você tente existem peças que jamais vão encontrar um eixo,um jeito de se encaixar nas suas outras tantas peças.E vai ter uma vez ou outra na vida que você irá se desmontar inteira só para deixar aquela peça ali. E se for necessário faça,só não esqueça que a figura ali é você,a figura de vida que está ali é a sua vida.
Não trabalhe com o excesso de peças assim é capaz de que você nunca consiga montar uma arte completa,peças que sobram nos atrapalham,nos deixam presas querendo uma solução imediata para elas,sem entender que não há.
Por outro lado não trabalhe com a falta de delas,buracos tendem a aumentar e nutrir nossos medos e abismos.
E é burrice acharmos que o quadro final de toda uma vida é aquele que montamos naquele instante,as coisas não são eternas e querendo ou não crescemos e mudamos e todo o resto cumpre essa sina também.
E é aqui,nesse instante que eu me desintegro faço do passado um tempo realmente passado,do presente um tempo realmente presente e o futuro monto ele com o tempo.
Agora é hora de jogar peças foras,preservar outras e colecionar novas.
O meu quadro mudou.

sábado, 11 de julho de 2009

Decoração branca não me satisfaz;

Andei me precipitando.
Abri janelas e portas demais e não ando nem com tempo,nem com coragem de fechar algumas.
Que direito eu tinha de abrir os corações alheios pra somente fazer uma visita rápida e não um lar?
Que direito tinha eu em fazer vento enquanto eu ansiava por uma brisa leve em meu rosto?
Aprendi a ser cautelosa só comigo mesma e extravasei com os outros. E pra ser sincera me sinto feliz a maior parte do tempo,mas ainda há rastros e correntes e chego a pensar que pra sempre farão parte de mim mesmo que seja uma porcentagem menina mais ainda haverá.Tem coisas que não mudam outras se transformam e é bem provável que isso aconteça...sempre sobra aquela curiosidade de que o que teria acontecido se tivéssemos errado menos,ajeitado aquele,consertado aquilo.Eu já fui e voei de diversos lugares,pessoas e situações mas as vezes me pego construindo outros finais, iniciando outros começos e permanecendo no presente de modos diferentes dos quais vivi de fato na época. Dosagem em excesso de cores em nosso quadro da vida também cansam,mas por outro lado um quadro branco,com cores amenas e de menos não me interessam nem um pouco.Preciso de espaço e brilhar em outros lugares,mas do jeito certo e não desvairado como estava sendo.Tô fechada pra balanço.Mas, as cores lá fora, me disseram pra continuar...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Bastar;

De fato acho que todos deveriam sentar e no maior vão de silêncio e escuridão se sentir cheios, digo cheios de si mesmo. Não há gratificação maior do que você se enxergar luz diante dos cegos, sorriso diante da tristeza.Ah minha força? é num sei de onde ela sai,muito menos a sua fonte mas tenho me sentido como uma fortaleza,fortaleza de mim mesma. Um belo castelo por sinal. E não há dinheiro,nem amor que compre isso de mim. Nunca fui tão decidida e determinada como agora, as pontes que passei só me servem de reflexão e construção de novos caminhos.Não nego, tenho vontade de transgredir. De as vezes cair naquele mesmo buraco só pra sentir aquela dorzinha ou virar na mesma curva e encontrar aquele mesmo frio na barriga de sempre,mas eu naõ me permito...na verdade meu coração não permite ele cresceu tanto,se limpou e curou que não consegue se fazer pequeno e trilhar esses caminhos e é ai que me vejo renovada e a antiga e velha carcaça deitada.Voltei com mais cores,mais palavras no bolso e o melhor de tudo com uma paz e uma esperança sem fim.Canalizei meu amor pro mundo,pras crianças de coração partido, pros ouvidos que precisam de palavras de um futuro bom,pros olhos que precisam ver o que há de bom.E a minha recompensa é de mim,pra mim mesma. Tudo aquilo que eu construi é aquilo que eu posso compartilhar. Ninguem dá mais do que tem. Eu tenho tudo isso em mim,e no fim da noite posso olhar e ver a imensidão dos meus passos,meus sonhos infinitos e dizer que eu me basto até no meu ultimo suspiro.E o resto só se encaixam nas minhas lacunas porque já sou completa de mim.Nada de pedacinhos perdidos por ai,tudo em mim e comigo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ela,brilha.

Tenho dito que no que depender de mim serei feliz.
Sempre tentei levar a vida de um jeito leve e com o passar dos dias cada vez mais achava que isso seria impossível, pela a minha intensidade extremista,meus dias de muito sol ou até mesmo de muita chuva.
Mas não me dei conta que com as perdas e situações tudo iria se ajeitar.
Foi preciso me desesperar, perder o sono conhecer todo um lado pra chegar aonde eu estou e quero ficar.O agora.
Hoje entendo que é preciso dar valor as coisas pequenas e mais ainda as que estão dentro de nós esquecidas.
Como anda o seu jardim?o que tem plantado?como anda a construção da sua casa interior?
Antes de darmos qualquer passo com e para outras pessoas temos que ter a consciência de que já demos com nos mesmas.Não se pode abrigar alguém quando sua casa está desmoronando,nem plantar sementes de um futuro bom quando sua terra não está fértil.
E a vida leve,o tempo de calmaria chegou e foi sem aviso.
Tenho tudo aquilo que eu amo do meu lado e disso não abro mão. Podem me tirar tudo que tenho menos os sorrisos que eu fiz brotar no semblante de um ou o amor que um dia cultivei no coração de outro.
Eu,brilho e sei bem disso e vou refletir não só pra mim mas pra quem tiver olhos que possam notar.
Diante do tudo ou do nada serei sol.